Quando um adolescente de 17 anos de idade foi parar a uma cadeira no meu espaço de atendimento, eu soube, naquele momento, que a TFT era a melhor terapia para o ajudar.
Ele foi vítima de violência pelo seu “cuidador”, este paciente é um miúdo afro–americano, quieto, muito atinado e educado. Ele é portador de Síndrome de Down e Autismo.
Vive com os seus pais e a sua pequena irmã em Los Angeles e, para comunicar, usa linguagem gestual e um quadro branco para escrever, letra a letra, qualquer palavra que queira dizer, pois a sua linguagem verbal nem sempre combina com o que quer dizer.

Por causa do nível moderado de deficiência mental que ele tem, eu sabia que a terapia tradicional não iria ajudá-lo a recuperar do trauma. De facto, a terapia tradicional, que se auxilia da linguagem verbal, nunca é usada por mim para tratar indivíduos com deficiências cognitivas. Todavia, eu descobri que a TFT pode ter um efeito rápido e efetivo.
Na nossa segunda sessão coloquei a TFT em ação, tendo preparado os pais para uma aproximação diferenciada, ainda não verbal, que eu havia planeado. Este adolescente precisava de um modelo de atuação em que o pai prestasse assistência e encorajamento para ele participar no tapping. Mas ele não queria ser, definitivamente, a única pessoa da sala que não estava a usar o tapping!
Pedi ao pai para fazer a sequência inteira de tapping, para ao mesmo tempo se focar no trauma, e depois passar o tratamento para o filho, tocando-o após o primeiro tratamento.
Depois de apenas uma sequência, ele foi capaz de aplicar a sequência em si mesmo. Após a terceira sequência de tapping – na verdade, antes de terminar a sequência final – ele começou a bocejar e a dar risadinhas.
Eu soube, então, que ele se estava a sentir melhor. Apenas para testar o seu progresso quanto ao trauma, pedi-lhe para pensar novamente no evento traumático, ele sacudiu a cabeça e riu. O trauma tinha terminado.
Concluída a sessão, quando eu estava a acompanhá-los à saída, ele virou-se, agarrou a minha mão firmemente e sacudiu-a dizendo, “Bom trabalho”! Os seus pais olharam-me maravilhados! Ele nunca tinha feito isto antes! Eles diziam sempre para o filho, “Bom trabalho”, quando ele fazia alguma coisa bem, só que nunca o tinham visto utilizar esta frase, principalmente no contexto certo!
Desde aquele dia, sempre que estávamos numa sessão e ele sentia que precisava de ajuda, começava a aplicar o tapping no ponto da sobrancelha e seguia a sequência em frente. Quando ele começava a bocejar eu sabia que nós havíamos concluído o tratamento.
Ele não pedia para que eu perguntasse o que o estava a incomodar, primeiramente, porque eu não precisava saber – e também porque utilizar linguagem verbal era difícil e tedioso para ele.
O seus pais estavam excitados com a sua melhora e aprenderam muito sobre a TFT e como a aplicar para os seus próprios traumas e a raiva que sentiram em relação ao evento traumático.
É claro, eu fiquei completamente feliz com o efeito da TFT no paciente.
Nara J. Baladerian, PhD
Fonte: Dr. Roger Callahan & Joanne Callahan (2011). Tapping the Bodys Energys Pathways.





Dr. Colin Barron


