Pensar corretamente proporciona o contexto, e viver corretamente – pondo em prática nosso discurso – oferece o ângulo transformador para um ativista quântico. A questão de vivermos corretamente tem dois aspectos.
acionado com a escolha pessoal de cada um em viver corretamente. O seu modo de vida deve propiciar a sua própria jornada pessoal de criatividade e transformação; deve proporcionar à pessoa mais tempo para relaxar e apenas ser, por exemplo. Este é o aspeto que as tradições espirituais convencionais, especialmente o budismo, enfatizam.

O segundo aspeto da vida correta é mais parecido com o ativismo convencional, pois tentamos mudar as nossas instituições sociais para fazer com que acompanhem a nossa jornada evolucionária.
É um facto que, através de boa parte da nossa história após a revolução agrícola, estabelecemos hierarquias simples tão fortes que a maior parte da humanidade foi impedida de explorar significado e valores. No século 18, com o surgimento do capitalismo, da democracia e da educação liberal, as coisas mudaram um pouco. Essas instituições levaram ao desenvolvimento de uma classe média cuja prerrogativa era a exploração do significado.
As coisas mudaram novamente no século 20, na década de 1950, quando o materialismo científico começou a ganhar forças. Uma moléstia pós-moderna tomou conta da psique coletiva da humanidade, com o que virou moda a desconstrução das nossas grandes ideais.
Em trinta anos, por volta da década de 1980, a classe média norte-americana já estava a encolher, mas só recentemente é que nos demos conta disso. Coincidentemente, estamos a viver o processo de criação de um novo paradigma na ciência, que promete devolver o significado e os valores à nossa visão de mundo.
A jornada evolucionária que agora conduz as pessoas à exploração do significado pode recomeçar. Isso exige uma revisão das nossas instituições sociais.
Além disso, os objetivos materialistas criaram condições de crise, uma conjuntura difícil cuja solução também exige uma nova leitura dos nossos sistemas sociais.
E esta revisão, que visa favorecer a exploração de significados e valores, é um objetivo importante do ativismo quântico. Participar nesse processo, para o ativista quântico, é um ideal, um exemplo daquilo que o Bhagavad Gita chamou de karma yoga – a transformação pela ação social.
Fontes:
GOSWAMI, Amit. The self-aware universe: how consciousness creates the material world. Nova York: Tarcher/Putnam, 1993. [O universo autoconsciente: como a consciência cria o mundo material. 2.ed. São Paulo: Aleph, 2008.]
GOSWAMI, Amit. The visionary window: a quantum physicist’s guide to enlightenment. Wheaton, IL: Quest Books, 2000. [A janela visionária: um guia para a iluminação por um físico quântico. São Paulo: Cultrix, 2006.]
GOSWAMI, Amit. Physics of the soul: the quantum book of living, dying, reincarnation, and immortality. Char lottsville, VA: Hampton Roads, 2001. [A física da alma: a explicação científica para a reencarnação, a imortalidade e a experiência de quase-morte. 2.ed. São Paulo: Aleph, 2008.]
GOSWAMI, Amit.. The quantum doctor: a physicist’s guide to health and healing. Charlottsville, VA: Hampton Roads, 2004. [O médico quântico: orientações de um físico para a saúde e a cura. São Paulo: Cultrix, 2006.]
GOSWAMI, Amit. God is not dead: what quantum physics tells us about our origins and how we should live. Charlottsville, about our origins and how we should live. Charlottsville, VA: Hampton Roads, 2008. [Deus não está morto: evidências VA: Hampton Roads, 2008. [Deus não está morto: evidências científicas da existência divina. São Paulo: Aleph, 2008.]
GOSWAMI, Amit. Creative evolution: a physicist’s resolution between Darwinism and intelligent design. Wheaton, IL: Theosophi Darwinism and intelligent design. Wheaton, IL: Theosophical Publishing House, 2008. [Evolução criativa das espécies: uma resposta da nova ciência para as limitações da teoria de Darwin. São Paulo: Aleph, 2009.]
GOSWAMI, Amit. Creativity at the time of crisis and paradigm shift. Center for Quantum Activism, 2011. [Criatividade para o século 21: uma visão quântica para a expansão do potencial criativo. São Paulo: Aleph, 2012.





Dr. Colin Barron


